O 89º Congresso da SAT (Associação Mundial Apátrida), ocorrido em Herzberg am Harz (Alemanha), de 16 a 23 de julho de 2016
se opõe às guerras e condena os ataques e agressões ocorridos ao redor do mundo;
se preocupa com o grande número de desempregados e de trabalhadores com contratos de trabalho precários, inclusive nos países ditos evoluídos, consciente do sofrimentos causados pelos salários inadequados resultantes desses contratos;
lamenta profundamente o crescimento de partidos e de movimentos nacionalistas em diversos países;
critica a reação – majoritariamente minimizadora – de governos europeus diante das ações e medidas não democráticos de muitos Estados, particularmente do Estado turco;
condena a cumplicidade de empresas multinacionais e de governos envolvidos em o que consiste de fato no roubo de recursos raros, o que contribui para conflitos armados internos e internacionais na África, no Oriente Médio e na América do Sul;
acusa os governos envolvidos no fornecimento de armamentos aos países em guerra no Oriente Médio, na África e em outros lugares do mundo;
enfatiza a exigência da SAT de que os imigrantes e refugiados sejam bem recebidos e de que as pessoas tenham o direito de circular livremente onde quer que seja, cientes de que as muitas guerras e más condições de vida em alguns lugares do mundo impossibilitam a vida nesses locais, o que torna esses deslocamentos quase um imperativo;
contesta a distinção frequentemente feita por políticos e pela mídia entre “bons refugiados de guerra” e “maus refugiados que buscam uma vida melhor”, os quais, de acordo com eles, vão para países ricos apenas para aproveitar uma vida tida como agradável a qual eles não teriam merecimento;
apoia a ideia de que direitos humanos e ativismos globais não sejam limitados por fronteiras nacionais, assim como a ideia de que as pessoas podem e devem se unir para defender pontos de vista similares, lutar e trabalhar juntas;
enfatiza novamente sua preocupação com relação à urgência da situação ecológica, ligada às perturbações climáticas causadas em grande parte pela ação humana associada ao expansionismo capitalista, e convoca a consideração e a utilização de alternativas, a serem implementadas tanto individual quanto coletivamente, tanto local quanto globalmente;
chama a atenção para o derretimento de geleiras em diversas regiões e o fato de que isso coloca muitas vidas em risco;
ressalta que o transporte excessivo e ecologicamente prejudicial é causado não só por mal planejamento e consumo, mas também pelo emprego de trabalhadores mal remunerados em locais distantes;
rejeita o envenenamento e a ameaça causada pela energia nuclear e por armas nucleares em todo o planeta;
apoia a ampliação de um verdadeiro “comércio justo” quando a produção ecológica e “justa” não é possível a nível local.